terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Catástrofe na Região Serrana aumenta com mais de 670 vítimas fatais
































Drama de contar mortos e a procura por parentes desaparecidos parece um trabalho interminável para os moradores, que enfrentam a pior catástrofe natural do Brasil, com 672 corpos encontrados. Número de desalojados já passa de 15 mil. Concessionária de energia reforça equipes de emergência para regularizar abastecimento.

As prefeituras das cidades da Região Serranas atingidas pelas chuvas desde a terça-feira, dia 11 de janeiro, já contabilizam 672 corpos encontrados. De acordo com os levantamentos oficiais, até o momento, 318 pessoas morreram em Nova Friburgo, 274 em Teresópolis, 58 em Petrópolis, 20 em Sumidouro e 2 em São José do Vale do Rio Preto. O número de desabrigados e desalojados de toda a região já passa de 15 mil.

Em outro balanço, divulgado às 22h desta segunda-feira, a Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil contabiliza 665 vítimas fatais pelas fortes chuvas na região. Deste número, 312 são de Nova Friburgo, 276 de Teresópolis, 58 de Petrópolis e 19 do município de Sumidouro. Os dois corpos encontrados em São José do Vale do Rio Preto foram confirmados apenas pela prefeitura.

De acordo com a Secretaria, há 3.600 desalojados e 2.800 desabrigados em Petrópolis, 960 e 1.280 em Teresópolis e 3.220 e 1.970 em Nova Friburgo.
Concessionária de energia reforça equipes na Região Serrana

A concessionária de energia Ampla enviará à região serrana do Rio de Janeiro mais 70 equipes de emergência para se juntar às turmas que trabalham desde a semana passada de forma ininterrupta para regularizar o abastecimento de energia nas áreas atingidas pelos temporais.

Dos 105 mil moradores que ficaram sem energia,93% já tiveram o fornecimento normalizado, o que representa 98,5 mil clientes.

Segundo a Ampla, 96% dos clientes já estão com a energia em suas casas em Teresópolis. Em São José do Vale do Rio Preto, a concessionária já conseguiu restabelecer o fornecimento em 93% dos consumidores. Em Petrópolis e Areal, o fornecimento já voltou para 94% dos moradores.

A concessionária estendeu ainda o prazo de pagamento da conta de luz de janeiro para os clientes afetados. Durante 30 dias após o vencimento, não serão cobrados multa e juros.

A companhia disponibilizou geradores para atender os serviços essenciais na região serrana da rede hospitalar, postos de saúde e abrigos que estão atendendo desabrigados e desalojados da tragédia.

Região Serrana enfrenta a pior catástrofe de sua história


Castigada por um temporal que fez chover em 24 horas mais do que era esperado para todo o mês, a Região Serrana do Rio enfrenta desde a noite da terça-feira 11 de janeiro a pior catástrofe natural do Brasil. Com o número de mortos, desabrigados, desalojados, feridos e desaparecidos, a tragédia já superou o registrado em janeiro do ano passado, em Angra dos Reis e, em abril, na capital e Niterói.

Localidades inteiras foram soterradas por lama no município de Teresópolis. No bairro Caleme, uma represa da Cedae transbordou por causa da tromba d’água, provocando o deslizamento de encostas sobre casas e carros. Em Nova Friburgo, três bombeiros que seguiam para resgatar vítimas quando o carro onde estavam foi soterrado por uma avalanche.

Petrópolis também sofreu devastação em diferentes pontos. O Distrito de Itaipava foi o mais atingido. O soterramento de uma casa na localidade Vale do Cuiabá matou 12 pessoas de uma mesma família. Corpos foram recolhidos por moradores e depositados às margens de um rio à espera de resgate. Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto, também cidades da região, também contabilizam mortos.

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