terça-feira, 15 de março de 2011

A chegada dos primeiros brasileiros do Japão depois da tragédia

 REUTERS/KYODO
Desembarcaram neste domingo (13) no Brasil os primeiros brasileiros que deixaram o Japão depois do terremoto e do tsunami.

.A emoção da chegada ajuda a entender a dimensão da tragédia. 

“Meu marido foi pegar um copo d’água e disse que estava passando mal. Eu disse, não, é um terremoto”, conta a empresaria Marli Martins. 

Era ainda madrugada em São Paulo quando chegou ao país o primeiro avião com pessoas que saíram do Japão depois do terremoto. 

“As arvores mexiam, as antenas no topo dos prédios, diz Ricardo Shirota, professor da USP. 

Até quem vive há muito tempo no Japao, se impressionou com o que viu. 

“Eu já peguei vários terremotos desde 1996, não foi a primeira vez, mas nenhum tão rande como esse. A sensação é de que você vai morrer, de que o chão vai abrir”, conta Priscila Yamanaka. 

Maria não se conteve. “Para mim deu muito medo”, diz Maria Yamashita. 

Jovens que receberam bolsas para estudar no Japão, prestaram uma homenagem as vitimas. 

Thiago se prapara para passar dois anos em Sendai, a região mais atingida pelo tsunami. Mas perdeu o contato com os professores. Ele já tem novos planos se conseguir embarcar. 

“Eu tenho vontade de fazer um trabalho voluntario para ajudar”, diz o químico Thiago Tasso. 

A medida que o tempo passa aumenta o desconforto com a falta de informações. A comunidade japonesa aproveitou o domingo para rezar e pedir que o Japão supere logo mais essa tragédia. 

No templo messiânico, palavras de conforto e oração. Dona Eiko rezou especialmente pelos netos, pelo genro e pela filha, com quem conseguiu falar por telefone. 

“Ela acordou, mas falou que não conseguia dormir direito porque estava tremendo ainda. Tudo e muito chocante”, diz Eiko Emoto, dona de casa. 

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